Começamos mais um ano no Brasil, com expectativas, esperanças de um novo
tempo, num tempo de crescimento, de prosperidade, do rompimento com o velho e
tradicional, para um modo de vida mais moderno, mais seguro e participativo,
essa era e é a nossa esperança, porem com um pouco mais de 1 mês, deste novo
ano, nos deparamos com diversas tragédias, que trazem a tona de volta, não o
novo que desejamos, mas as práticas antiquadas, do mesmo, que ceifaram a vida
de muitas pessoas.
A lema invadiu a cidade e destruiu tudo o que tinha pela frente |
A primeira grande tragédia foi rompimento da barragem de Brumadinho, que
com o despejo de rejeitos de mineração, causou a morte de centena de pessoas,
entre elas funcionários da ale e terceirizadas, moradores da região e turistas.
Inúmeras pessoas perderam suas vidas, funcionários, moradores, turistas. |
Conforme cita a
reportagem do site Brasil Escola, os números deste acidente são terríveis, a
matéria cita: “A lama liberada após o rompimento da barragem da
Vale em Brumadinho destruiu várias casas, além da área administrativa da Vale,
que continha vários funcionários, e uma pousada, que possuía na data da
tragédia 35 pessoas hospedadas. Várias pessoas, portanto, foram afetadas.
Até a tarde do dia 1º de fevereiro de 2019,
sete dias após o rompimento da barragem, já haviam sido confirmadas 110 mortes e 238 pessoas
desaparecidas. Dos 110 mortos, apenas 71 haviam sido identificados.
A primeira vítima identificada foi a médica Marcelle Porto Cangussu, de 35
anos.”
Depois o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, atingindo treze
pessoas e causando a morte de 10 adolescentes e deixando 03 feridos, sendo um
em estado grave.
A beleza da sede, não condiz com as normas de segurança necessárias |
O que restou do alojamento dos jogadores |
Mas o que há de se lamentar além das vítimas de todas estas tragédias, é a posição das empresas e pessoas responsáveis por elas, vindo a público tratando o caso como uma fatalidade, uma tragédia, quando sabemos que que não é bem assim. Estes acidentes são frutos de falhas, que poderiam ter sido identificadas e trabalhadas de modo a não chegar a um ponto de causar uma emergência de tal porte.
Todos os especialistas em saúde e segurança são categóricos em afirmar,
que acidentes não acontecem, são causados e isto é provado quando se analisa os mesmos, pois se
percebe que situações não foram protegidas, corrigidas, dimensionadas de forma segura, e que se houvesse uma ação proativa, prevencionista, estes
jamais teriam acontecido ou pelo menos não na proporção em que aconteceram.
Da mesma forma especialistas afirmam que “não existem incêndios ou ocorrências acidentais, todas são fruto de falhas, e podem ser evitados ou pelo menos minimizados.
Ora o que falta então para que estas situações sejam evitadas?
Uma série de fatos simples, mas muito efetivo:
Primeiro um projeto contemplando todas as normas de segurança mais
modernas em termos de prevenção de acidentes; Advindo de uma profunda análise
de risco, identificando perigos e riscos, a que tal projeto se expõe;
Depois uma fiscalização eficiente pelo órgãos públicos responsáveis, de
forma que só sejam liberadas as instalações para funcionamento, depois de
adotadas tomadas as medidas legais e preventivas necessárias;
Ainda a necessidade de instalações de prevenção e o devido treinamento
das equipes que estarão, envolvidas naquele projeto;
Uma conscientização dos responsáveis do projeto que o maior lucro que uma
empresa pode ter, é dar segurança ao seu pessoal, aqueles que convivem na área
sob sua responsabilidade, cuidando dos mínimos detalhes em segurança.
O problema é que a segurança do projeto, das pessoas e instalações, normalmente
tem sido valorizadas apenas quando os acidentes acontecem, o que é muito tarde.
Jamais deixe de investir em segurança, em equipamentos, treinamentos, pois
o que está em jogo é a vida de pessoas e o futuro do meio ambiente.