terça-feira, 9 de outubro de 2018

Bombeiros são internados com intoxicação e HC aciona plano de desastres


Medida ocorre após incêndio com gás tóxico em galpão no Paquetá, em Santos, na manhã desta segunda-feira

Na ultima segunda feira, dia 08/10, formos surpreendidos com a noticia de um incêndio em Santos-SP, que fica a 65 km de São Paulo, o incêndio ocorreu na madrugada e atingiu um galpão aonde funcionava uma marcenaria.

No combate a mais um incêndio, que parecia simples, tivemos vinte e oito homens do Corpo de Bombeiros e da Guarda Portuária, enviados para o Hospital das Clinicas de São Paulo, com suspeita de intoxicação.

Além deles, outras nove pessoas foram removidas e permaneceram em observação na Santa Casa de Santos, que eram pessoas que moravam na região.

O quadro de saúde das vítimas, conforme a assessoria de imprensa do hospital é considerado estável. Ao todo, 62 pessoas haviam sido atendidas na unidade.
Tudo isso em virtude de no local terem armazenado, um produto químico chamado fosfina, que é altamente tóxico e causa explosões e emanação de gases, em contato com a água. A fosfina é um gás mais denso que o ar, com odor característico de alho e inflamável, liberado a partir da reação química do fosfeto de alumínio com a água.

O produto queimado, segundo as autoridades, em contato com a água, pode causar de um simples desconforto até a morte.

A empresa armazenava mais de duas toneladas de produto químico, sem conhecimento do corpo de bombeiros e sem autorização para isso.

Ora estas coisas ainda acontecem por todo o país, por falta de conhecimento das normas técnicas, das restrições que a legislação impõe para armazenamento de determinados produtos, e das medidas necessárias não apenas para prevenir acidentes, mas também para agir em casos de acidentes diretamente no local e mais ainda, preparando as pessoas da comunidade do entrono, para situações de risco.

Um plano de emergência para combate da ocorrência aprovado pelo órgão ambiental e corpo de bombeiros, um plano de atendimento a comunidade, com treinamentos e medidas de proteção para caso destas ocorrências, tudo isso diminuiria o risco e o perigo a que foram expostos não apenas os profissionais de combate, mas também a população do entorno.

Por isso cada vez mais com a zona de trabalho se aproximando da zona residencial, convivendo juntas, deve haver uma ação que contemple a todos no que diz respeito à segurança e saúde.
Neste caso o atendimento as especificações da CETESB, Corpo de Bombeiros, no que diz respeito à forma e local correto de armazenamento, bem como um Plano de Atendimento Emergência, que contemplasse a comunidade do entorno, com treinamento e EPIs adequados, causariam um impacto bem menor do que o corrido.
É preciso entender que a segurança é fundamental, para podermos conviver num meio diversificado, como se tornou a cidade de Santos, onde empresas e residências, se confundem pelos bairros da cidade.

Como muitas empresas não são obrigadas a manter um quadro de profissionais de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, elas podem recorrer aos profissionais que prestam assessoria e consultoria, para orientá-los não apenas na legislação, mas também na prevenção de uma forma ampla e geral.


Fonte: Dados retirados da matéria publicada pelo Jornal A Tribuna de Santos em 08/10/2018



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