quinta-feira, 30 de agosto de 2018

EXPLOSÃO MATA FUNCIONÁRIO EM DESTILARIA DE ÁLCOOL, NA CIDADE DE JANDAIA, EM GOIÂNIA



Além da vítima fatal, ao menos três pessoas foram levados com ferimentos para hospitais. Chamas foram combatidas por brigada da própria empresa.

Essa foi a manchete estampada em 29/08/2018, no site: globo.com, que tristemente anunciava não apenas um acidente material, mas um acidente envolvendo vítimas e onde um trabalhador veio a falecer e outros três se feriram gravemente.

Infelizmente para nós brasileiros ainda convivemos com um alto número de mortes por acidentes do trabalho e também com um número elevado de incêndios e explosões.
Desta vez o fato aconteceu em uma destilaria na cidade de Jandaia, distante 120 Km de Goiânia. No acidente um jovem de 19 anos, que exercia a função de auxiliar de serviços gerais, veio a óbito, bem como mais três pessoas foram encaminhadas a hospitais da região.

A explosão ocorreu no prè- evaporador da DENUSA-DESTILARIA NOVA UNIÃO S/A, conforme nos mostra a foto divulgada.



Segundo informações os componentes da Brigada de Emergência da empresa, foram os responsáveis por debelar o incêndio e prestar os primeiros socorros as vítimas, que em seguida foram levadas a atendimento em hospitais da região.

É preciso informar que os três acidentados, apresentavam um  estado considerado grave e respiravam com ajuda de aparelhos.

Incêndios e explosões são ocorrências passíveis de acontecer, quando se trabalha com vasos sob pressão, ou vasos que se utlizam de produtos inflamáveis e combustíveis, por vários motivos, neste caso a  perícia da Polícia Técnica e órgãos oficiais responsáveis por este atendimento, irão determinar o que ocorreu, mas estes acidentes sempre possuem uma proporção elevada.



Normalmente este tipo de acidente, envolvendo acidentes com vasos sobre pressão, tem como causas principais : Superaquecimento, choque térmico, falhas em junções soldadas, corrosão, equipamento fora de especificação, falha operacional, falha de equipamento de medição (instrumentos),

O superaquecimento normalmente é provocado com a falta de água ou outro liquido para troca de calor,  que produz excesso de temperatura sobre o metal que compõe o equipamento onde  o aço pode não suportar este aumento e romper.

A corrosão  é outro fator, que quando não tratada, pode provocar a diminuição da espessura das superfícies expostas a pressão e seu rompimento abrupto;
Falhas de soldas em junções do equipamento também estão entre as principais causas de explosões, que quando não feita dentro das especificações técnicas adequadas, pode provocar regiões de menor resistência do equipamento.

Falha operacional, os vasos sobre pressão normalmente são automatizadas, e controlados por painéis de automação.

Isso exige operadores poucas intervenções, mas também exige uma maior  qualificação e capacitação dos operadores, bem como um nível muito grande de  eficiência na tomadas das decisões, quando não há esta capacitação ou a decisão não for a adequada, podemos ter como consequência um acidente.

Há várias outras causas são poderiam ser apontadas, listamos aqui as mais comuns e que pelo se percebe, de simples mas eficiente condição de prevenir acidentes desta natureza.

Acidentes desta natureza são prevenidos quando se promove:

Total atendimento da Norma Regulamentadora 13, que trata da normatização de trabalhos, inspeções, treinamentos em Caldeiras e  Vasos de Pressão;

Manutenção do equipamento rotineira e com alto padrão de manutenção e inspeção de Equipamentos.

Sei que não esgotamos o assunto e muito menos as ações para elevar o nível de segurança destes trabalhos, mas creio que esta  infeliz notícia de mais uma morte por explosão em caldeiras, deve nos levar a cada dia mais, fazer todo o possível para evita-los e como lemos aqui neste pequeno arrazoado, não é algo tão difícil de se fazer.






terça-feira, 28 de agosto de 2018

O PERIGO E AS MORTES POR ENGOLFAMENTO EM SILOS E ARMAZÉNS DE GRÃOS.



Hoje o site UOL publicou uma matéria muito importante, mas também de pouco conhecimento no Brasil, intitulada: As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos” redigida por João Fellet Da BBC News Brasil em São Paulo.

A reportagem, a qual reproduziremos alguns trechos aqui, e que trata dos acidentes envolvendo a morte de trabalhadores no Brasil, informa que:

"Desde 2009, ao menos 106 pessoas morreram em silos de grãos no país, a grande maioria por soterramento.
Nos dados apresentados foram contabilizados apenas casos noticiados pela imprensa, o que, segundo especialistas, indica que as ocorrências sejam ainda mais numerosas, pois nem todas as mortes são divulgadas.
O ano com mais acidentes fatais foi 2017, quando houve 24 mortes, alta de 140% em relação ao ano anterior.
Em 2018, houve 13 ocorrências até julho -sinal de que as mortes devem se manter no mesmo patamar de 2017, considerando-se o histórico de distribuição das ocorrências ao longo do ano.”

Acidentes que ceifaram vidas de pais de família, de trabalhadores, o que é sempre uma grande tragédia, tem sido a maior causa de acidentes com mortes no Brasil, perdendo apenas para acidentes de trânsito.

Desde o ano de 2015, medidas de proteção para trabalhos desta natureza foram criadas, mas ainda não foram suficientes para conter o crescimento destes acidentes e suas consequências.

Segundo a reportagem o professor Idelberto Muniz de Almeida, professor de Medicina do Trabalho da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, mostra que estes acidentes são evitáveis: “O professor afirma que a maioria dos acidentes em silos ocorre quando medidas de prevenção não são adotadas ou não funcionam de forma adequada”

Ainda segundo o professor os “soterramentos em silos matam em instantes. O trabalhador é asfixiado ao afundar nos grãos e não consegue subir à superfície, como se fosse sugado por uma areia movediça. Na maioria dos casos, ele é engolido ao caminhar, sobre os grãos sem cordas de segurança enquanto tenta movimentar as partículas para desobstruir dutos. Os grãos costumam se aglutinar quando há excesso de umidade, travando o funcionamento do silo.



Em outros casos, menos numerosos, o trabalhador é encoberto por uma avalanche de grãos quando paredes do armazém colapsam -pondo em risco até quem está fora da construção- ou quando há grandes deslocamento de partículas dentro da estrutura.”




Todos nós sabemos que os silos possuem ainda o risco de explodir, quando da existência de pó em suspensão e a produção de gases, quando expostas a calor, seja proveniente de fagulhas, faíscas ou contato com qualquer outra fonte de calor.

O silos explodem por alguns fatores: A alta concentração da poeira fina no ambiente, que se transforma em pó combustível, e que havendo a presença de fontes potenciais de ignição como eletricidade, superfícies aquecidas e chamas, causa a explosão.

Outro grande problema é a produção de gases tóxicos produzidos com a fermentação dos grãos. Apesar do milho ser considerado um dos grãos mais voláteis e perigosos, toda poeira de grãos é potencialmente perigosa.

A decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis; se a umidade do grão for superior a 20%, poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também produzidos pela decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões.
Temos ainda como riscos a queda do nível mínimo de oxigênio (O2) e/ou a presença em níveis perigosos de gases tóxico como gás sulfídrico e Monóxido de carbono (H2S e CO)
Todas estas situações colocadas ocorrem frequentemente em instalações agrícolas ou industriais onde são processados farinha de trigo, de milho, de soja, de cereais ou particulados entre outros o açúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão e madeira.
Com uma atuação eficiente da empresa e do trabalhador, podemos eliminar ou minimizar o risco de acidentes graves, nestes trabalhos, quando:
Mantemos um total e pleno atendimento aos requisitos legais, as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, Programas de Prevenção exigidos ou não, tais como Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, Programa de Proteção Respiratória, Procedimentos Internos que abordem os riscos e as medidas de controle, treinamento dos trabalhadores e  acompanhamento e fiscalização dos trabalhos e a manutenção de equipamentos de identificação e eliminação de riscos ( Detectores de gases, de explosividade, ventilação exaustora e diluidora, máscaras e equipamentos de proteção e resgate, etc.).
Basta que todos se conscientizem dos perigos que tais trabalhos podem causar e se envolvam na prática de medidas seguras, adotando critérios, equipamentos e capacitação de todos os empregados



quarta-feira, 8 de agosto de 2018

CELULAR AO VOLANTE, A TERCEIRA MAIOR CAUSA DE ACIDENTES DE TRANSITO NO BRASIL




Os Smartphones passaram a fazer parte da vida das pessoas de forma incomum e o seu uso, de maneira habitual e indiscriminado, sem atenção as normas de segurança, tem sido a causa,  não apenas de acidentes de trânsito, mas também de acidentes pessoais, nos lares e em muitos outros locais e situações..

Se você parar para pensar, quantas vezes você já visualizou, alguém se acidentando ou se expondo a um grande risco de se acidentar,  pelo uso indiscriminado do celular.

Em maio deste ano,  a revista Auto Esporte, lançou uma reportagem falando sobre a situação, revelando que no Brasil, o uso de celular ao volante é a terceira maior causa de mortes.

Cita ainda a referida reportagem,  que o uso de celular ao volante, segundo a NHTSA (Administração Nacional de Segurança Viária) aumenta em 400% o risco de sofrer um acidente de trânsito.

Continua a reportagem com uma informação por demais interessante e um alerta a todos nós, citando que “Uma mensagem de texto pode até parecer inofensiva no trânsito. Mas um estudo feito pela Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) apontou que desviar o olhar para responder uma mensagem no Whatsapp à velocidade de 80 km/h equivale a dirigir a extensão de um campo de futebol inteiro com os olhos fechados.

O Celular para alguns, senão para a maioria das pessoas, funciona como se fosse parte do corpo humano, percebe-se isto, quando se observa que a um leve toque, ou vibração do aparelho, imediatamente as pessoas param o que estão fazendo, para sacá-lo do bolso e verificar o que está sendo recebido, esquecendo das situações a sua volta.

Quero compartilhar com vocês um vídeo muito interessante feito pela empresa Volkswagen, lançada no Japão, durante uma exibição de cinema, que trata desse assunto veja:






Diante do que vimos, e somos informados todos os dias,  é preciso cada vez mais investir em medidas socioeducativas, que farão com que os hábitos que nos expõe a risco sejam abandonados.

Esta responsabilidade deve também ser uma preocupação das empresas, em relação aos seus funcionários, pois um acidente, causa sofrimento, transtornos e perdas a todos: ao acidentado, a família e com certeza a empresa, nos seus mais variados aspectos.

Encare sempre a prevenção como fator fundamental para um ambiente de trabalho, pois isto o tornará saudável, produtivo e eficiente.

Invista em prevenção, treinamentos e capacitação das pessoas que formam a empresa, pois elas são fundamentais nesta caminhada de crescimento mútuo.