Medida ocorre após incêndio com
gás tóxico em galpão no Paquetá, em Santos, na manhã desta segunda-feira
Na ultima
segunda feira, dia 08/10, formos surpreendidos com a noticia de um incêndio em
Santos-SP, que fica a 65 km de São Paulo, o incêndio ocorreu na madrugada e atingiu
um galpão aonde funcionava uma marcenaria.
No
combate a mais um incêndio, que parecia simples, tivemos vinte e oito homens do
Corpo de Bombeiros e da Guarda Portuária, enviados para o Hospital das Clinicas
de São Paulo, com suspeita de intoxicação.
Além deles, outras nove pessoas foram removidas e permaneceram em observação
na Santa Casa de Santos, que eram pessoas que moravam na região.
O quadro de saúde das vítimas, conforme a
assessoria de imprensa do hospital é considerado estável. Ao todo, 62 pessoas
haviam sido atendidas na unidade.
Tudo isso em virtude de no local terem armazenado,
um produto químico chamado fosfina, que é altamente tóxico e causa explosões e emanação
de gases, em contato com a água. A fosfina é um gás mais denso que o ar, com
odor característico de alho e inflamável, liberado a partir da reação química
do fosfeto de alumínio com a água.
O produto queimado, segundo as autoridades, em contato com a água, pode causar de um simples desconforto até a morte.
O produto queimado, segundo as autoridades, em contato com a água, pode causar de um simples desconforto até a morte.
A empresa armazenava mais de duas toneladas de produto químico, sem conhecimento do corpo de bombeiros e sem autorização para isso.
Ora estas coisas ainda acontecem por todo o país, por
falta de conhecimento das normas técnicas, das restrições que a legislação impõe
para armazenamento de determinados produtos, e das medidas necessárias não
apenas para prevenir acidentes, mas também para agir em casos de acidentes diretamente
no local e mais ainda, preparando as pessoas da comunidade do entrono, para situações
de risco.
Um plano de emergência para combate da ocorrência
aprovado pelo órgão ambiental e corpo de bombeiros, um plano de atendimento a
comunidade, com treinamentos e medidas de proteção para caso destas
ocorrências, tudo isso diminuiria o risco e o perigo a que foram expostos não
apenas os profissionais de combate, mas também a população do entorno.
Por isso cada vez mais com a zona de trabalho se
aproximando da zona residencial, convivendo juntas, deve haver uma ação que
contemple a todos no que diz respeito à segurança e saúde.
Neste caso o atendimento as especificações da CETESB,
Corpo de Bombeiros, no que diz respeito à forma e local correto de
armazenamento, bem como um Plano de Atendimento Emergência, que contemplasse a
comunidade do entorno, com treinamento e EPIs adequados, causariam um impacto
bem menor do que o corrido.
É preciso entender que a segurança é fundamental,
para podermos conviver num meio diversificado, como se tornou a cidade de
Santos, onde empresas e residências, se confundem pelos bairros da cidade.
Como muitas empresas não são obrigadas a manter um
quadro de profissionais de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, elas podem
recorrer aos profissionais que prestam assessoria e consultoria, para
orientá-los não apenas na legislação, mas também na prevenção de uma forma
ampla e geral.
Fonte: Dados
retirados da matéria publicada pelo Jornal A Tribuna de Santos em 08/10/2018